quarta-feira, 12 de outubro de 2011

As medidas adoptadas para a melhoria dos níveis de leitura


Apesar dos progressos registados na Europa relativamente ao desenvolvimento de políticas de literacia ao nível da leitura, os resultados são ainda insuficientes. Um em cada cinco jovens com 15 anos de idade e um elevado número de adultos não conseguem ler correctamente. Esta é a principal conclusão de um estudo recente da Comissão Europeia, desenvolvido pela rede Eurydice e apresentado publicamente no mês de Julho.
Este estudo abrange 31 países (Estados-Membros da União Europeia, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Turquia) e vem demonstrar que, na maioria das situações, as políticas de literacia desenvolvidas têm deixado de fora os grupos considerados de maior risco, nos quais se incluem os rapazes, as crianças de meios desfavorecidos e os migrantes.
De entre as políticas implementadas na maioria dos países, o estudo destaca o facto de ser hoje prática comum a iniciação da aprendizagem da leitura nos anos do pré-escolar. Do mesmo modo, são cada vez mais utilizados meios diversificados para ensinar a ler, nomeadamente os contos, as revistas, a banda desenhada e a Internet. Todavia, não parece existir uma abordagem única que possa garantir o êxito em todas as situações.
Pior cenário é encontrado no que respeita à especialização dos docentes nesta matéria. O estudo refere, a este respeito, que poucos são os países que dispõem de especialistas em leitura que possam dar apoio aos docentes e aos discentes.
No que concerte ao foco das atenções, este mesmo estudo reconhece que a promoção da leitura tem sido objecto de apoio nas políticas e nas iniciativas locais. No entanto, estas tendem a dirigir-se à população em geral e não às pessoas com propensão para terem dificuldades na leitura.
De referir que de acordo com a meta fixada pelos Ministros da Educação da União Europeia, até 2020, os países deverão baixar de 20% para 15% a percentagem de indivíduos com resultados insuficientes na leitura. Segundo o comunicado que acompanha a divulgação deste estudo, até ao momento, apenas a Bélgica (Comunidade Flamenga), a Dinamarca, a Estónia, a Finlândia e a Polónia alcançaram esta meta.