sexta-feira, 30 de março de 2012

 As bibliotecas wscolares do Agrupamento desejam a toda a comunidade educativa e seus parceiros uma Páscoa Feliz.



quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia Mundial da Poesia

Liberdade

O poema é
A liberdade

Um poema não se programa
Porém a disciplina
— Sílaba por sílaba —
O acompanha

Sílaba por sílaba
O poema emerge
— Como se os deuses o dessem
O fazemos

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"

quarta-feira, 14 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

As BLX e o Dia Mundial da Poesia

Para assinalar o Dia Mundial da Poesia, que se comemora a 21 de março, as Bibliotecas Municipais de Lisboa - BLX prepararam para os dias 21 e 24 de março um vasto programa, com entrada livre, composto por diversas atividades destinadas às escolas, famílias e adultos.

Entre as atividades programadas para as escolas, salientam-se:

No dia 21 - Para alunos e professores comemorarem o Dia Mundial da Poesia e da Árvore nos Jardins de Lisboa:
Biblioteca Quiosque Jardim da Estrela - Histórias Contadas em Poesias Inventadas - das 10h30 às 16h30 - Sessões de histórias, ateliês de escrita criativa, artes plásticas, reciclagem e inglês - Jardins de Infância e escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico.

No dia 24 -
Largo Camões - Livro Infantil - das 11h às 18h - venda de livros de literatura infantil. 
BM Camões - Histórias magnéticas - 15h - Para crianças 7 aos 10 anos.

Para mais informações, consultar o sítio BLX.

quinta-feira, 1 de março de 2012

O que pensar sobre o ato da escrita


Escrever é dos atos mais abnegados que conheço. Deixamos de estar presentes no circuito diário e autossacrificamo-nos pela causa, entregando-nos à ausência física. Como um pretexto para não socializar. Para não estarmos, quando se trata de um ato cabal de entrega. Como também é o de pintar um quadro ou compor uma música ou decorar uma iguaria. Sempre observadores do fenómeno da existência, existindo para pensá-la e interpretá-la, num ângulo novo, com uma microcâmara cinematográfica apensa ao pensamento que vai viajando, registando e recriando todos os lugares e situações representadas na mente. Então dei por mim a pensar: como seria o cinema sem texto, o teatro sem texto, a conversa sem texto, a pessoa sem texto, o amor sem texto? Escrever um texto com maturação é um fenómeno de criação solitária. Muito gratificante, quando resulta em beleza e dignidade. Muito estruturante para a formação cultural de uma sociedade. Porque as palavras escritas são saboreadas pelos apreciadores como o mosto do bom vinho amiudamente corrigido com um açúcar que se quer finamente escolhido. As palavras são escolhidas, ajustadas, substituídas, retocadas, temperadas numa criatividade individual e aficionada. Mesmo num livro de coautoria. Contudo, há textos que não queremos partilhar, o que pode significar que ainda não estamos preparados para os expormos, por causa do assunto ou por outro motivo, sobretudo a um grupo alargado de pessoas ou mesmo ao público anónimo. Ou que iremos simplesmente retocá-lo um dia. Contudo, quando escrevemos e sentimos a nossa escrita como uma conversa bem conduzida ou uma história empolgante ou uma experiência reflexiva, queremos partilhar o nosso ponto de vista pela interpretação que apresentamos sobre uma realidade, e a nossa vontade é que todos acedam a esse escrito de modo fácil e voluntário. Sem pressões nem condições. Ouvindo/lendo com possibilidade de comentar. Para o autor, é agradável receber algum «feedback» de quem lê, mesmo que de forma muito apressada ou desprendida.
O ato de escrita será sempre intemporal. A sua prática é cultural, porque é desenvolvida por indivíduos com influências culturais, e porque a procuramos como suporte da nossa identidade cultural. Outras formas de utilização do código linguístico podem proliferar na sociedade em geral, como o telemóvel, o facebook, a tv por cabo… mas o ato de escrita não se detém, mesmo nos mais inspirados sms ou nos murais das redes sociais; extravasa as modas e as necessidades de consumo das conjunturas e mantém-se radicado à intimidade do texto pensado e construído como ato voluntário e trabalhado com apreço como um pedaço de madeira artesanal na oficina, que se quer com mais ou menos relevos ou motivos decorativos, mas com um propósito funcional ou artístico determinado que possa despertar o entusiasmo de apreciação estética e crítica. Não precisando de aspirar ou surpreender o público fabricando tábuas de lei… Porque na dimensão cultural inevitável e consciente do genuíno ato de escrita, entendo que há um intento maior, que é transcultural pela sua universalidade comprometida com o ato de escrever e reescrever histórias, que é um ato permanente e subjacente à sobrevivência das sociedades.
Julgo que compreendemos, então, que a evolução do homem como ser social, em qualquer comunidade educativa ou laboral, apenas obedece ao ritmo da sua capacidade de escrever a sua história cerzida com o sentido claro do serviço ao outro, sem demagogias ou benefícios exclusivistas, com o talento próprio e a sua vontade interventiva à disposição do grupo. Que só o acolhe verdadeiramente quando proclama valores basilares da livre partilha e do mérito alargado, possíveis de hastear unicamente como troféus coletivos no final de cada etapa de cada projeto ou de diversas atividades formativas, sempre numa atitude disseminada de entrega (re)criativa.
 
Rosa Duarte
 
 

Programa internacional de prémios para o incentivo de alunos ao estudo da língua alemã Viagem à Alemanha 2012



À semelhança de anos anteriores, a Embaixada Alemã, o Goethe Institut e a Direção-Geral de Educação promovem um concurso para selecionar os alunos portugueses que participarão no programa de prémios de incentivo ao estudo da língua alemã.

O programa consta de uma viagem à Alemanha durante quatro semanas, de 27 de junho a 27 de julho de 2012, duas das quais passadas com uma família e as outras duas em visita a várias cidades. Serão premiados quatro alunos, dos 15 aos 17 anos, com bom aproveitamento e que tenham estudado a língua durante pelo menos dois anos. Os alunos interessados e que reúnam as condições constantes no regulamento deverão realizar um trabalho, em formato digital, subordinado ao tema proposto e conforme as características definidas, bem como enviar o formulário de candidatura, devidamente preenchido. O prazo termina no dia 23 de Março de 2012, devendo os documentos ser enviados para o endereço eletrónico bkd@lissabon.goethe.org.

Para qualquer esclarecimento adicional, poderá ser estabelecido contacto com a Direção-Geral de Educação ou com o Goethe Institut.
Fonte: DGE

Afirmações sobre Acordo Ortográfico são clarificadas

O secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas disse ontem em entrevista à TVI que vai "usar a possibilidade" de aperfeiçoar o Acordo Ortográfico. A Secretaria de Estado da Cultura esclarece as declarações.

A Secretaria de Estado da Cultura enviou à Lusa uma nota para clarificar as afirmações de Francisco José Viegas, ontem na TVI, durante uma entrevista em que o governante disse que iam "usar a possibilidade" de aperfeiçoar o Acordo Ortográfico (AO).

Na nota, a Secretaria de Estado admite que pode haver mudanças no período de transição. Deste modo, "é possível efetuar ajustamentos em alguns casos, relacionados com as palavras de dupla grafia e as sequências consonâncias".

"Até 2015 decorre o período de coexistência entre as duas ortografias, sendo que o Artigo 2.º da Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008 estabelece um prazo de seis anos contando a partir de 13 de Maio de 2009 para a transição definitiva para a nova ortografia".

No programa "Política Mesmo", Francisco José Viegas manifestou o seu desagrado com algumas das regras do novo Acordo Ortográfico e admitiu que "do ponto de vista teórico, a ortografia é uma coisa artificial" pelo que "até 2015 podemos corrigi-la, temos essa possibilidade e vamos usá-la".

"Nós temos que aperfeiçoar o que há para aperfeiçoar. Temos três anos para o fazer", afirmou o secretário de Estado da Cultura. E rematou: "não há uma polícia da língua. Há um acordo que não implica sanções graves para nenhum de nós".

Sobre a possibilidade de uma iniciativa oficial para alterações ao AO, o gabinete de comunicação SEC esclarece na nota, citada pela agência Lusa, que "qualquer extrapolação das suas palavras [de Francisco José Viegas] além do âmbito referido é desprovida de significado".

Fonte: Expresso