quinta-feira, 31 de maio de 2012

Workshops de artes performativas criança e jovens



O teatro/Arte está em todo o lado e não somente numa sala de teatro convencional, onde se desenvolve o “teatro”.

O que se pretende nesta acção é usar espaços não convencionais para estímulo da criatividade e a criação de performances relacionadas com o espaço em si, a sua história, mitos e hábitos. Tal como em edições anteriores realizadas em; tenda de Circo, Teatro da Luz, Palácio da Independência e Museu da Agua, este ano pretendemos levar o teatro à Tapada da Ajuda.

Este Workshop pode ajudar a criança na construção da sua visão do mundo, articulando ideias, experiências e observando diferenças e semelhanças com os outros elementos do grupo; dar forma à expressão de atitudes acerca das tradições e hábitos culturais; exercitar e desenvolver formas de pensamento crítico.

As actividades performativas podem encorajar o desejo natural das crianças e jovens para o desenvolvimento da sua personalidade, ao mesmo tempo que lhes proporciona oportunidades para explorar uma larga variedade de contextos e situações que os conduzam à construção da sua visão do mundo.

Todos os anos levamos o teatro e as artes performativas para outros palcos, espaços diferentes e interessantes do ponto de vista histórico, cultural e acima de tudo criativo. Durante 5 dias entre as 9:00 e as 18:00 as crianças/jovens irão passar por várias etapas artísticas tendo como pano de fundo a Tapada da Ajuda. Desinibição, jogos pedagógicos, heterogeneidade das idades, interacção entre grupos, criatividade, criação do texto e apresentação são os tópicos a serem abordados e trabalhados durante a semana.

Mais informações Aqui

Tempo de exames


Com a aproximação dos exames, aproximam-se as noitadas e as dores de barriga e de cabeça. Se o estudante foi aplicado e organizado ao longo do ano, meio caminho está andado para a ausência dos incómodos sintomas referidos e para o sucesso.

Dei por mim a estacionar o carro junto ao mar e a olhar para as ondas que vão e vêm. Estão altas, mas não assustadoras, e ganham um súbita beleza branca ao desfazerem-se numa espuma suave. Este espetáculo fez-me lembrar os testes e os exames, que são os momentos em que o mar, mais ou menos calmo, da vida estudantil se encapela e os nossos jovens se sentem a navegar em águas mais alterosas. Com eles sofrem professores e, especialmente, pais.

Com a aproximação dos exames, aproximam-se as noitadas e as dores de barriga e de cabeça. Se o estudante foi aplicado e organizado ao longo do ano, meio caminho está andado para a ausência dos incómodos sintomas referidos e para o sucesso. O pior é que a maior parte dos nossos jovens faz jus ao velho ditado e só se "lembra de Santa Bárbara quando troveja".

Há, no entanto, alguns conselhos que os professores e os pais podem dar aos jovens para que estes organizem melhor o seu estudo e ele se torne mais produtivo, diminuindo o stress e aumentando a autoconfiança. A preparação deverá começar algumas semanas antes das provas de avaliação. Esse tempo depende do número e tipo das provas e do estudo feito ao longo do ano, bem como das próprias características de cada estudante. Deve ser feito um horário de estudo, de preferência assumido como um compromisso em família e pela família. Eis algumas regras a seguir:

- O aluno deve selecionar as horas de estudo de cada dia em função das suas necessidades e tendo em conta as que lhe são mais rentáveis.

- O horário será conhecido por toda a família: o estudante compromete-se a cumpri-lo; a família compromete-se a respeitá-lo, sem pedidos de recados pelo meio ou irmãos mais novos a interrromper.

- O aluno deve determinar bem a matéria que precisa de estudar em cada disciplina e distribuí-la pelos dias disponíveis. O último dia será destinado só a revisões.

- Em cada dia, o aluno deve começar pela disciplina de dificuldade média e passar depois às mais difíceis, deixando as mais fáceis para o fim.

- É imprescindível fazer pequenos intervalos ao longo das horas de estudo, para recuperar a capacidade de concentração.

- Antes de começar a estudar cada disciplina, é fundamental que o estudante veja quais são os seus objetivos, que estratégias de estudo vai utilizar e de que materiais vai precisar. No fim, antes de passar a uma nova disciplina, é indispensável fazer uma avaliação do que estudou. Atingiu os seus objetivos? Se tem dúvidas, é necessário definir estratégias para as esclarecer. 

O estudo feito em grandes noitadas só contribui para o cansaço e para a diminuição da capacidade de raciocínio. Por isso, pais, sejam firmes, mas amigáveis e encorajadores, em insistir para que o calendário de estudo seja cumprido. Se o filho foi cumpridor, organizou bem o seu estudo, fez as autoavaliações diárias e os resultados foram positivos, nos momentos em que os nervos e o medo o afligem, devem acalmá-lo, levando-o a raciocinar positivamente: ele estudou, verificou que sabe, ele é capaz. Sugiram-lhe que siga esse raciocínio no testes, se os nervos o assaltarem. O ânimo, a confiança nele, a autoconfiança que ajudarem a desenvolver serão poderosos aliados para o sucesso. 

Vejo agora um surfista que desliza sobre as ondas. Para mim, seria morte certa. Para ele é, certamente, um desafio e um prazer. A perícia, essa adquiriu-a nas horas de treino. Levem o vosso educando a olhar o exame como um desafio onde ele vai mostrar a perícia que adquiriu durante o estudo. No fim, a beleza daquelas ondas poderá encontrar paralelo na nota ansiada.

VÍDEOS RELACIONADOS COM ESTE TEMA

Armanda Zenhas

Fonte: Educare

O Mozart da Física acredita que os jovens vão mudar o mundo

Tinha apenas 14 anos quando criou um reator de fusão nuclear na garagem de sua casa. Na altura, tornou-se a pessoa mais jovem do mundo a fazê-lo em toda a história da ciência. Atualmente, com 18 anos, é considerado o Mozart da Física e acredita que os jovens vão mudar o mundo. 

Taylor Wilson é um adolescente norte-americano apaixonado por radioatividade. Quando tinha 10 anos, sabia todos os números atómicos, massas e pontos de fusão dos elementos da tabela periódica. Aos 13, começou a desenvolver um reator nuclear cuja atividade física se assemelha ao que acontece no interior do sol.

Atualmente, tem 18 anos e é considerado pela "World Records Academy" o cientista nuclear mais jovem do mundo. "Quando seguro alguma coisa assim tão radioativa tenho uma sensação indescritível, assim como quando estou com a minha namorada", descreveu Taylor, numa entrevista à CBS News.

Começou a ler sobre física nuclear no quinto ano e no sexto fez uma apresentação sobre o assunto que surpreendeu os professores e a família. "Não fazia ideia do que é que ele estava a falar", confessou o seu pai.

O pai, um funcionário da Coca-Cola, foi alimentando a curiosidade de Taylor e, quando este tinha apenas 11 anos, procuravam por urânio no deserto do Novo México e compravam frascos de plutónio na Internet.

"Não há nada impossível para mim"

Aos 13 anos, decidiu que queria construir um reator de fusão nuclear. "Queria produzir fusão nuclear", diz Taylor. "É a minha personalidade, penso que consigo fazer coisas... Não há nada impossível para mim".

Começou o projeto na garagem de sua casa, mas foi na Academia Davidson, escola para crianças sobredotadas onde é atualmente finalista, que o jovem terminou o seu reator.

Ao longo do seu percurso no mundo da ciência, Taylor Wilson foi premiado nove vezes. Em maio de 2011, recebeu o prémio de "Jovem Cientista Intel" por construir um modelo económico e altamente sensível de deteção de substâncias radioaticas, em pequenas quantidades.

O equipamento é importante no combate ao terrorismo porque impede que grupos radicais passem, clandestinamente, materiais radioativos que são usados na construção de explosivos.

"É incrivelmente barato, e por ser incrivelmente barato pode ser utilizado por toda a América e por todo o mundo, criando várias linhas de defesa, por todo o lado", explica Taylor.

Taylor explicou a Obama como mudar o mundo

Em fevereiro deste ano, participou na segunda edição de um evento anual organizado pela Casa Branca - A Feira de Ciência. Um grupo de 100 jovens promissores foi recebido pelo presidente Barack Obama e Taylor teve a oportunidade de apresentar ao presidente dos EUA as suas ideias para mudar o mundo.

Além de continuar os estudos na Academia Davidson, o jovem trabalha com aUniversidade de Nevada e presta aconselhamento e coopera com o Departamento de Segurança Interna e com o Departamento da Energia dos EUA, em matérias relacionadas com a radioactividade.

"Sou obcecado com radioatividade", disse numa entrevista para a "World Records Academy". "Não sei porquê, talvez porque existe um poder nos átomos que não conseguimos ver".

Wilson foi a pessoa mais nova do mundo, em toda a história, a criar fusão nuclear e a 31ª a fazê-lo em privado, fora do controlo do governo e da indústria.

Uma vida de ideias

O jovem, que vive com a família em Reno, no Estado de Nevada, está também a trabalhar numa cura para o cancro. "Tenho centenas de ideias, uma vida inteira não é suficiente para cumpri-las", confessa.

Taylor acredita que a sua juventude é um trunfo. "Os jovens ainda não foram expostos à burocracia da ciência a nível profissional, estão muito mais abertos a experimentar coisas".

Numa apresentação que fez numa conferência da TED (Technology, Entertainment and Design), uma organização sem fins lucrativos dedicada a "ideias que vale a pena espalhar", Taylor Wilson defendeu que os jovens devem ser levados a sério e podem fazer a diferença no futuro do planeta.

"Comecei com um sonho (...) e acabei a desenvolver coisas que acho que podem mudar o mundo e acredito que os outros jovens também o conseguem".

Fonte: JN online

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Passatempo de fotografia "Num instante... o Património"

Este passatempo é destinado a jovens entre os 14 e os 21 anos e que decorre entre 1 e 24 de Junho de 2012.

O IGESPAR, com o apoio da SAPO, promove o passatempo de fotografia “num instante... o património”, que é destinado a jovens entre os 14 e os 21 anos e que decorre entre 1 e 24 de Junho de 2012. Trata-se de uma iniciativa integrada na Experiência Fotográfica Internacional dos Monumentos, a qual é promovida pelo Conselho da Europa e pelas autoridades da Catalunha (www.gencat.cat/cultura/ihpeepim2012es) e da qual o IGESPAR é o coordenador nacional.



Documentos adicionais:
Cartaz - Passatempo de fotografia: Passatempo_Fotografia.jpg (749,78KB)
Fonte: DREC

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Espólio de José Saramago já está em Lisboa

O espólio do escritor José Saramago chegou esta segunda-feira, 21 de Maio, à Casa dos Bicos, em Lisboa, onde vai ficar em exposição permanente. A inauguração da Fundação Saramago está marcada para o fim de Junho.

A coleção - que reúne documentos, livros, fotografias, manuscritos, cartas e objetos pessoais do prémio Nobel da literatura - estava em Lanzarote, Espanha, residência do escritor até falecer a 18 de Junho de 2010. 

A equipa da Fundação José Saramago acolheu com aplausos a chegada do camião-contentor, cerca do meio-dia, com o espólio. "É um momento muito especial e emocionante", disse à agência Lusa Pilar del Rio, viúva de Saramago e presidente da Fundação, através de um contato telefónico para o México, onde se deslocou para estar presente no funeral do escritor Carlos Fuentes.

Composto por livros, manuscritos inéditos, fotografias, correspondência, objetos pessoais de Saramago e o próprio escritório onde escrevia na casa de Tías, em Lanzarote, este espólio - considerou Pilar, viúva do escritor - "veio para a Casa dos Bicos para ser partilhado com portugueses e estrangeiros".

Questionada sobre a data da abertura da Casa dos Bicos, cujas obras de remodelação estão ainda a decorrer, Pilar del Río apontou a inauguração para o final da segunda quinzena de Junho, com a exposição "A semente e os frutos", baseada no espólio.

1 DE JUNHO – CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA CRIANÇA



A Cinemateca Júnior comemora o Dia Mundial da Criança com um evento especial, destinado a grupos escolares –O FABULOSO ESPETÁCULO DE LANTERNA MÁGICA DO PROFESSOR MERVYN HEARD. Terá lugar nas instalações da Cinemateca Júnior, no dia 1 de Junho de 2012 com sessões às10.30h e às14.30h.

  Consulte mais informação sobre este espetáculo!

Fonte: DGE

quarta-feira, 23 de maio de 2012

TV Ensino: Um elo entre aprendizagem e audiovisual

É uma verdadeira "sala de aula" virtual em língua portuguesa. Aprender a fazer divisões, converter frações para números decimais ou calcular a área de um retângulo tornou-se mais fácil e mais divertido. Tudo porque um professor luso decidiu transpor as aulas para um espaço mais alargado e partilhar com alunos de todo o país e até de além-fronteiras os seus conhecimentos. Assim nasceu a TV Ensino, que oferece vídeos educativos à distância de um clique.

Depois de, em 2008, fundar o blog EnsinoBasico.Com - atualmente o blog mais visitado em Portugal na área da educação - David Azevedo sentiu a "necessidade de utilizar o audiovisual". Inspirado na iniciativa KhanAcademy, que disponibiliza milhares de vídeos sobre áreas tão díspares como a economia e a química, o docente de 31 anos criou, em 2010, um canal no Youtube.

Pediu autorização a Salman Khan, indiano mentor da KhanAcademy, para "recriar" a ideia e a resposta positiva foi quanto bastou para o fazer avançar. Atualmente, são 81 os vídeos oferecidos pelo canal da TV Ensino, que conta com quase 600 subscritores.

"Todos os vídeos são feitos de raiz, criados por mim. Não são traduções mas sim "recriações" dos originais da KhanAcademy", explica David em entrevista ao Boas Notícias. "Porém, ao contrário do Salman Khan, que dedica o seu tempo profissional ao projeto, eu sou professor a tempo inteiro, pelo que faço os vídeos nas horas livres", conta. 

Por agora, estes vídeos educativos são apenas sobre matemática - que David leciona - mas a ambição do mentor é alargar a oferta a outras disciplinas e a vários anos escolares. "A minha ideia é recriar um currículo completo em vídeo, desde a 1ª classe ao 9º ano", revela David, que aproveita para apelar "a mais interessados" que se juntem a ele para "facilitar" a tarefa.

Os vídeos são simples, mas são também diretos e apelativos: sobre um "quadro" negro, explicam-se, com uma "caneta" virtual e números coloridos, os procedimentos muitas vezes vistos como uma dor de cabeça pelos mais pequenos.
A ideia tem sido muito bem recebida não só pelos alunos e pais mas pelos próprios professores. Uma vez que se trata de uma plataforma online é difícil fazer uma estimativa, mas David adianta que "os vídeos são utilizados por vários professores em atividades em contexto de sala de aula", exemplificando com um agrupamento de escolas de Vila Nova de Gaia, onde os docentes têm adotado este auxiliar com sucesso. 

Além disso, o professor salienta que tem recebido "centenas de comentários amplamente positivos". Esta recetividade é, aliás, no seu entender, o mais gratificante. "A minha maior recompensa é saber que ajudei alguém a superar dificuldades na aprendizagem da matemática", confessa.

A TV Ensino é uma peça fundamental do EnsinoBasico.com, mas está longe de ser a única. O blog é um autêntico centro de recursos e atividades e conta, neste momento, com diversas outras valências como o Dúvida!, que responde a dezenas de perguntas por semana, e uma comunidade que partilha fichas gratuitamente, e o projeto continua a crescer.

"Estou a preparar uma plataforma de gestão de turmas e de testes online", desvenda David. Mas, e a longo-prazo, qual é o grande objetivo? O professor não hesita na resposta. "Gostava de dar a conhecer a TV Ensino aos falantes de português nos quatro cantos do mundo", conclui.

Clique AQUI para conhecer o blog EnsinoBasico.com e AQUI para aceder ao canal da TV Ensino.
Fonte: Boas Notícias

Exposição À Descoberta das Abelhas - O Sabor do Mel

Vai estar patente ao público nos dias 25, 26 e 27 de maio, das 15h00 às 18h00, na Junta de Freguesia do Fundão, a Exposição sobre o Projeto "À Descoberta das Abelhas - O Sabor do Mel", concorrente à 10.ª edição do Prémio Ilídio Pinho - "Ciência Na Escola". A iniciativa, organizada pelo Departamento da Educação Pré-Escolar (DEPE) do Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha, Fundão, pretende divulgar publicamente o projeto e, em simultâneo, celebrar o Dia do Apicultor, que se assinala a 25 de maio.

A exposição apresenta os trabalhos realizados no desenrolar do Projeto pelos alunos de 4 e 5 anos dos jardins de Infância do Agrupamento de Escolas (AE) Serra da Gardunha, bem como diversos artefactos e produtos apícolas.

Durante três dias, o programa oferece diversas atividades, incluindo "Animação com as escolas" (teatro, canções, declamação de poesia, etc.), Hora da Palestra e uma mostra gastronómica.

Para mais informações, consultar o sítio DREC - Direção Regional de Educação do Centro.

Formação INE - RBE

A Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e o Instituto Nacional de Estatística (INE) celebraram um protocolo de colaboração com o objetivo de desenvolver a literacia estatística junto da população escolar. A articulação entre a biblioteca e os professores das diferentes disciplinas constitui-se como a base deste protocolo.


Com a iniciativa pretende-se que a literacia estatística seja trabalhada de forma prática em contexto de ensino/aprendizagem, designadamente através da utilização de um conjunto alargado de recursos digitais disponibilizados pelo Projeto ALEA - Ação Local de Estatística Aplicada.

O protocolo deu origem a um conjunto de ações de formação destinadas aos professores bibliotecários, alargadas, em 2011/12, a todos os professores dos diferentes graus de ensino. Pretendeu-se, assim, tornar a literacia estatística uma competência prática, através da utilização das ferramentas e aplicações do portal do INE e do Projeto ALEA, cujas potencialidades pedagógicas permitem a exploração e a aprendizagem dinâmica de diferentes conteúdos curriculares.

Para mais informações, consultar o sítio RBE / Programa / / Formação INE | RBE.

Encontros de Basto e Barroso - Seminário Ibérico "As Bibliotecas e as Aprendizagens no Século XXI"

Estão abertas até 3 de junho as inscrições para o Seminário Ibérico, enquadrado na 15.ª edição dos Encontros de Educação de Basto e Barroso, que vai decorrer de 6 a 8 de junho, no Auditório Municipal Ilídio Santos, em Cabeceiras de Basto. A iniciativa, subordinada ao tema "As Bibliotecas e as Aprendizagens no Século XXI", é dirigida a educadores de Infância e professores dos Ensinos Básico e Secundário e outros profissionais da Educação. O seminário pretende, entre outros objetivos, estimular a participação ativa dos professores e outros agentes educativos no processo de utilização das Bibliotecas, bem como problematizar a importância destas no processo de ensino e aprendizagem.


O programa do seminário inclui conferências, painéis e debates, o lançamento de um livro e atividades de caráter social.

Trata-se de uma ação de formação acreditada, com duração de 15 horas.

Para mais informações, incluindo a consulta do programa e o acesso à ficha de inscrição, consultar o sítio Direcção Regional de Educação do Norte.
Fonte: Portal das Escolas

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fernando Pessoa na obra Claraboia de José Saramago

“Aprendera tantas coisas no decurso da vida, que ser-lhe-ia relativamente fácil arranjar uma colocação estável que lhe assegurasse o necessário à vida. Nunca tentara dar esse passo. Não queria prender-se, dizia, e era verdade. Mas não queria prender-se porque, então, seria confessar a inutilidade do que vivera. Que ganhara em fazer tão largo rodeio para, afinal, vir dar ao caminho por onde seguiam aqueles que resolutamente quisera deixar? «Queriam-me casado, fútil e tributável?», pergunta o Fernando Pessoa. «É isto o que a vida quer de toda a gente?», perguntava Abel.
O sentido oculto da vida…«Mas o sentido oculto da vida é não ter a vida sentido oculto nenhum.» Abel conhecia a poesia de Fernando Pessoa. Fizera dos seus versos uma outra Bíblia. Talvez não os compreendesse completamente, ou visse neles o que lá não estava. De qualquer maneira, e embora desconfiasse de que, em muitos passos, Pessoa troçava do leitor e que, parecendo sincero, o ludibriava, habituara-se a respeitá-lo, até nas suas contradições. E, se não tinha dúvidas da sua grandeza como poeta, parecia-lhe, por vezes, especialmente naqueles dias absurdos de desencanto, que na poesia de Pessoa havia muito de gratuidade. «E que mal há nisso?» - pensava Abel. – «Não pode a poesia ser gratuita? Pode, sem dúvida, e o mal não é nenhum. Mas, o bem? Que há na poesia gratuita? A poesia é, talvez, como uma fonte que corre, é como a água que nasce na montanha, simples e natural, gratuita em si mesma. A sede está nos homens, a necessidade está nos homens, e é só porque elas existem que a água deixa de ser desinteressada. Mas será assim a poesia? Nenhum poeta, como nenhum homem, seja ele quem for, é simples e natural. E Pessoa menos que qualquer outro.
Quem tiver sede de humanidade não a irá matar nos versos de Fernando Pessoa: será como se bebesse água salgada.”
p. 266, 267

Ideias para fazer da leitura um prazer

Com a primavera, as feiras do livro começam a espalhar-se um pouco por todo o país. Assim me ocorreu escrever sobre a leitura.

Recordo, com saudade, os tempos em que eu e a minha irmã, em plena adolescência, fazíamos campeonatos de leitura, vendo quem conseguia terminar primeiro um livro ou ler mais livros num certo período de tempo. Deste prazer não desfruta a maioria dos jovens de hoje. É certo que muitas são as solicitações que se lhes oferecem. Mas bem vistas as coisas, essas podem não colidir com o prazer que os livros dão.

As fontes de informação hoje são diversas. Não obstante a Internet nos fornecer uma enorme quantidade de dados em tempo-relâmpago, a pesquisa nos livros não pode ser dispensada para se estudar, seja em que nível de ensino for.

Mas se ler é importante para um estudante, é-o também para qualquer outra pessoa. Não me refiro só à exclusão que cada vez é maior para quem não domina a leitura. Refiro-me também à leitura como fonte de prazer, alimento para a nossa imaginação, forma de relaxamento.

É certo que se lê melhor quando se gosta de ler. Se se gosta de o fazer, certamente irá haver mais tempo de leitura e mais prática, os quais levarão a que ela se torne mais rápida e mais agradável e, talvez até, um hábito. São, no entanto, muitos os pais que se queixam de que os filhos não leem ou não gostam de ler. Vou hoje dar algumas sugestões para ajudarem os vossos filhos a ler melhor e a gostar de o fazer.

Começo por vos contar uma pequena história do meu repertório familiar, daquelas que se contam nas reuniões de família, para que todos se divirtam. É que, sempre que nasce uma criança na família ou no círculo dos amigos, faço questão de oferecer um livro. Esta prática vêm-me dos tempos em que verifiquei que o brinquedo preferido do meu filho mais velho, quando bebé, era um livro de plástico, com que ele brincava no banho. Hoje já os há dos mais diversos materiais e com funções diversas. Eles permitem que os bebés, ou as crianças um pouquinho mais velhas, iniciem uma leitura à sua medida. Não estão a ler as letras, é certo, mas estão a ler o livro à sua maneira. A imaginação trabalha e os pais podem depois contar a história das ditas "letras".

Outra prática familiar que sempre desenvolvi, com muito carinho, foi a leitura de uma história antes de os meus filhos irem para a cama. Lembro-me de os ver, um com 4 anos e o outro com 8, orgulhosos por eu os ter deixado ficar acordados até mais tarde nas férias, cada um a ler o seu livro na sua cama. Perguntar-me-ão: "Como é que o de 4 anos lia?". Respondo: "Não sei. Com certeza criava histórias a partir dos desenhos". A verdade é que, anos depois, mantêm o gosto pela leitura.

Outras sugestões aqui ficam:

- Se tem um filho no 2.º ou no 3.º ciclo e outros mais novos, peça ao primeiro que leia histórias aos mais novos. Assim poderá praticar a leitura e fazer nascer, nos mais pequenos, o gosto por ela.

- Crie, nos seus filhos, o hábito de levarem um livro ao gosto deles, quando vão para um sítio onde precisam de esperar (por ex. para um consultório médico). Enquanto eles são pequenos, será o pai ou a mãe a ler a história.

- Quando forem mais crescidos, fá-lo-ão autonomamente. Diz-me a minha experiência pessoal que é uma estratégia ótima para eles serem mais pacientes na espera.

- Ajude-os a escolherem livros sobre assuntos que lhes despertem a curiosidade ou com histórias em que se baseiam filmes de que eles gostam.

- Faça contratos com os seus filhos: se eles lerem um livro num tempo a combinar, receberão um pequeno prémio de valor simbólico.

E já agora, se houver uma Feira da Livro nas suas redondezas, não deixe de a ir visitar com os seus filhos e de os deixar escolherem alguns livros.
Armanda Zenhas

Fonte: Educare

Wikipédia alerta para falsos anúncios que podem esconder malware

A Wikipédia está a alertar os visitantes do site para o surgimento de anúncios em algumas páginas da enciclopédia on-line, o que poderá indicar que o computador do utilizador possa estar infectado

O alerta está a ser feito pela Wikimedia Foundation num comunicado onde sublinha que a Wikipédia não tem anúncios e quando estes eventualmente surgem são da responsabilidade de terceiros, que os podem estar a utilizar em fraudes on-line.

Segundo Philippe Beaudette, director of community advocacy na organização que gere a popular enciclopédia on-line, «se virem anúncios para uma indústria lucrativa ou algo que não seja relacionado com as nossas campanhas de angariação de fundos, então provavelmente o vosso browser foi infectado com malware».

O responsável dá como exemplo uma extensão para o browser Chrome, mas adianta que podem haver outras que são utilizadas neste tipo de fraudes em diferentes navegadores.

Philippe Beaudette aconselha todos os utilizadores que virem anúncios na Wikipédia a desactivarem as extensões que instalaram, para tentar identificar qual poderá ser a causa da infecção.

O director of community advocacy da Wikimedia Foundation realça que mesmo que os anúncios deixem de aparecer, convém analisar o computador com soluções de segurança para ver se a ameaça não se espalhou pelo PC.
Fonte: Sol

quinta-feira, 10 de maio de 2012

I Congresso Internacional de Inteligência Emocional e Educação: Investigar e Intervir para Mudar

A Escola Básica Comendador Ângelo Azevedo, São Roque, em Oliveira de Azeméis, vai realizar o I Congresso Internacional de Inteligência Emocional e Educação: Investigar e Intervir para Mudar, nos dias 6 e 7 de julho de 2012.

Mensagem de boas vindas do Presidente da Comissão Organizadora Dr. António de Almeida Figueiredo

​O Congresso Internacional de Inteligência Emocional e Educação, organizado pela Escola Básica Comendador Ângelo Azevedo em São Roque – Oliveira de Azeméis, vê a sua primeira edição subordinada ao tema "Investigar e Intervir para Mudar ".

Este congresso visa promover a discussão, facilitar a partilha, o debate e a reflexão sobre os avanços e os novos desafios no âmbito da Inteligência Emocional em todo o mundo, numa abordagem científica que possa oferecer recursos e técnicas educacionais que facilitem e promovam o desenvolvimento emocional, cognitivo e social desde a infância, como um modelo de atuação que envolva a escola, a família e a comunidade.

Contamos com a presença de investigadores e profissionais, nacionais e internacionais, cujo interesse ou área de investigação passa pelo aperfeiçoar das competências das equipas de professores, psicólogos e outros profissionais que se interessam por conhecer melhor as variáveis que influenciam a felicidade e proporcione a todos os participantes uma oportunidade de enriquecimento científico, técnico, profissional e pedagógico.

Desejamos que São Roque - Oliveira de Azeméis seja um espaço de construção de uma plataforma de intercâmbio de saberes onde, na troca de experiências e ideias, se reforcem os laços que fazem progredir a investigação e intervenção em Inteligência Emocional.

Os participantes terão igualmente oportunidade de visitar uma região com tradição turística, destino de cultura, natureza e diversificada oferta cultural a par da sua rica gastronomia.

É para este desafio que gostaríamos de o(a) convidar. A edificação deste projeto passa também pelo seu contributo e a sua presença!
​António de Almeida Figueiredo
Presidente da Comissão Organizadora



Documentos adicionais:
Cartaz - I Congresso Internacional de Inteligência Emocional e Educação: Investigar e Intervir para Mudar : Cartaz_InvestigarIntervirMudar.jpg (767,9KB)

Bienal Internacional de Arte para Crianças


A Embaixada dos Emirados Árabes Unidos informa sobre a realização da Terceira edição da Bienal Internacional de Arte para Crianças

Esta iniciativa pretende convidar as crianças entre os 6 e os 18 anos de idade, das escolas portuguesas, a participar com os seus trabalhos criativos.

Fonte: DGE

Responsabilizar pais, alunos e professores




A última prova de aferição de Português do 4.º ano que não conta para nota foi feita hoje por mais de 110 mil alunos. Os professores concordam com a mudança, que o exame deve pesar na avaliação final. A prova de Matemática é sexta-feira.Leonardo Prata, de 9 anos, sai da sua escola com o estojo na mão e um sorriso nos lábios. "Não andava nervoso", garantia a mãe que o esperava ansiosa por saber como tinha corrido a prova de aferição de Português. "Correu bem". Leonardo conta passo a passo a prova. Dois textos, várias perguntas, um convite com argumentos para ir ao Museu da Ciência, um diálogo entre a gotinha de água e o arco-íris com algumas indicações - entre as quais que pelo menos três cores fossem elogiadas. "Havia muitas perguntas, algumas eram difíceis e outras mais fáceis", refere. A confiança é que a nota será "boa". Leonardo prepara-se agora para a prova de Matemática, marcada para sexta-feira. "Prefiro estudar Matemática", confessa antes de ir almoçar. 

Rafael Carneiro, de 9 anos, também estava satisfeito com o desenrolar da prova de Português. "Havia algumas perguntas mais complicadas, mas correu bem", dizia à saída. O colega João Pedro, de 10 anos, concordava e destacava o diálogo que a prova pedia. Não tinha bem a certeza de como tinha corrido essa parte. Prova de Português feita, Matemática à vista. Marlene Almeida, professora do 1.º ciclo, assegura que os alunos da sua sala respeitaram os tempos, as regras, e estiveram atentos à leitura das instruções. A professora concorda com a alteração proposta pela tutela. Uma prova que conta para nota implicará outra envolvência dos alunos e dos pais. "Há um trabalho que é desenvolvido ao longo do ano. Se depois não conta para nota, acaba por ser desmotivante para o aluno", refere. Em seu entender, as atuais provas de aferição servem apenas para avaliar os professores. "Se não tem peso na nota, são para avaliar professores." 

Hélder Madeira, professor do 1.º ciclo, tem a mesma opinião. "É uma boa decisão", diz. Em seu entender, não faz sentido colocar os alunos sob stress ou apressar o programa se a prova não tem um impacto para quem a faz. "É necessário responsabilizar os alunos e os encarregados de educação, para que ao menos esse trabalho que fazem ao longo do ano conte para avaliação", afirma. Hélder Madeira defende que a educação não pode viver apenas com os olhos postos em números, nas estatísticas. Na sua opinião, os olhares deviam estar direcionados para a qualidade do ensino nas escolas. 

Cristina Tavares é professora de Ensino Especial e hoje acompanhou uma aluna com necessidades educativas especiais na prova de Português do 4.º ano. Uma situação que faz pensar. Cristina Tavares defende que "deve haver uma diferenciação", em moldes a analisar e a estipular pela tutela, para que alguns dos alunos com necessidades educativas especiais não tenham de responder às mesmas questões que as restantes crianças. "Eles fazem exactamente a mesma prova", repara, lembrando que há alunos com essas dificuldades que praticamente não conseguem ler no último ano do 1.º ciclo. 

Este ano, é a última vez que as provas de Português e de Matemática do 4.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico não contam para a nota final. No próximo ano letivo, os exames contarão 25% para a nota final e, depois disso, passará para 30%. Hoje mais de 110 mil alunos espalhados pelas 5103 escolas do 1.º ciclo de todo o país começaram a prova às 10h00. Noventa minutos de olhos postos na prova que pretende avaliar a compreensão da leitura e o domínio da escrita em Português e os conhecimentos sobre operações, geometria e tratamento de dados em Matemática. Em 2011, as positivas chegaram aos 86,7% a Português e 79,6% a Matemática. Este ano, o Ministério da Educação e Ciência pretende que as positivas subam para os 95,3% a Português e para os 92,4% a Matemática. Os resultados são afixados a 12 de junho. 

Sara Oliveira 

Fonte: Educare

quarta-feira, 9 de maio de 2012

«Projeto Ensino Bilingue Precoce no 1.º Ciclo do Ensino Básico»

Realiza-se no dia 10 de maio, pelas 15h00, uma sessão webinar DGE, sob o tema «Projeto Ensino Bilingue Precoce no 1.º Ciclo do Ensino Básico». A oradora é a coordenadora nacional do Projeto no British Council Portugal.

O Projeto Ensino Bilingue Precoce (EBP) no 1.º Ciclo do Ensino Básico resulta de uma colaboração entre o Ministério da Educação e Ciência, através da Direção-Geral da Educação (DGE) e o British Council Portugal e tem por base um modelo de currículo integrado, no qual a aprendizagem é realizada através de duas línguas veiculares - a língua materna e uma língua estrangeira, neste caso o Inglês, desde o início até ao final da escolaridade obrigatória.

Tendo sido implementado por um período inicial de quatro anos, enquanto experiência piloto, o projeto encontra-se atualmente no seu 1.º ano de implementação em sete agrupamentos de escolas piloto, ao nível nacional. Estes agrupamentos foram selecionados através de um estudo de viabilidade financiado pelo British Council e conduzido por investigadores ingleses e portugueses.

A sessão tem duração de cerca de uma hora.

Durante a conferência, podem ser colocadas questões à oradora, através do endereço de correio eletrónico webinar@dgidc.min-edu.pt, que serão respondidas no final da sessão.

Para seguir a transmissão, aceder ao sítio DGE - Webinars.

Feiras do Livro: Como Organizar

Encontra-se disponível para consulta, no sítio web do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, a publicação "Feiras do Livro: Como Organizar". A obra tem como objetivo informar e orientar todos os que pretendem levar a efeito a realização de feiras do livro nas escolas, tendo em conta as vantagens que daí advêm para a comunidade escolar.

A realização de feiras do livro nas escolas proporciona um contacto vivo e direto com grande número de títulos adequados às diferentes idades, incentivando os alunos ao manuseamento, à apreciação dos livros expostos e à prática de escolhas fundamentadas.

O livro disponibiliza informação e esclarecimentos sobre questões fundamentais para a realização das feiras, desde as vantagens delas resultantes até aos passos a ter em conta na sua preparação (momentos mais propícios; locais mais adequados; destinatários - envolvendo toda a comunidade escolar; seleção de livros - adequados aos níveis etários dos alunos que frequentam a escola; fornecedores - preferencialmente, editoras ou livrarias locais; divulgação e dinamização da iniciativa; venda de livros - por professores, funcionários, alunos mais velhos, pais/avós ou outros; envolvimento das famílias dos alunos; contactos com as editoras).

Para consultar a publicação, aceder ao sítio RBE / Conteúdos / Feiras do livro: como organizar.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Perplexidade

Alguns títulos de jornais, publicados recentemente, deixaram-me perplexa: “Acordo ortográfico adiado na CPLP” (Sol, 3/03/2012); “Governo admite rever Acordo Ortográfico” (RTP, 29/02/2012); “Governo vai alterar Acordo Ortográfico” (Expresso, 29/02/2012). A minha perplexidade advém do facto de não perceber por que razão os que mexem e remexem neste caldeirão, que se chama Portugal, motivados por um força egocêntrica, nunca se queimam.

O projeto de texto de ortografia unificada de língua portuguesa, designado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, foi aprovado em Lisboa, no dia 12 de outubro de 1990. Foi ratificado pelo decreto do presidente da república n.º 43/91, de 23 de Agosto de 1991, e está em vigor, na ordem jurídica interna, desde 13 de maio de 2009. A resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de Janeiro, determinou a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano letivo de 2011/2012 e, a partir de 1 de janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República. Apesar da discórdia em torno das XXI Bases deste novo acordo, ninguém conseguiu travar estes passos em tempo útil.

Conta a História que as várias tentativas de unificação ortográfica da língua portuguesa estiveram envolvidas em acesa polémica e muitas vezes venceu o “desacordo”. Por exemplo, em 1945, Portugal vincula-se a um novo acordo que é rejeitado no Brasil; em 1986, o acordo que incluía Portugal, Brasil e, pela primeira vez, os cinco países africanos de língua oficial portuguesa, não chega a entrar em vigor. Já o de 1991 teve outro desfecho. Depois de ratificado, determinou-se, por lei, a sua aplicação. O período de discussão e eventual revisão teria, supostamente, terminado.

Assim que as escolas foram informadas de que as novas regras seriam para cumprir, a partir do dia 1 de setembro de 2011, perceberam que havia muito a fazer. Pois bem: os professores começaram a frequentar cursos de formação, compraram livros de apoio, gastaram horas a estudar e a preparar as suas aulas (e não só os professores de português); os alunos começaram a aprender as novas regras, a aplicar o acordo nos seus textos e a estudar por manuais com a ortografia já alterada. Ou seja, o acordo começou a ser ensinado, uma vez que, sendo a ortografia um conjunto de normas a seguir pelos escreventes, tem de ser objeto de ensino, independentemente de se gostar ou não de “espetador” sem c ou da forma verbal “para” sem acento.

Mas eis que decorrido metade do ano letivo o caldo entorna! Alguém afirma: cada português é livre para escrever como quiser (até 2015). Este convite à opção pelo cumprimento ou incumprimento das regras novas ortográficas deixou-me sem palavras, principalmente porque três anos é muito tempo na formação de uma criança ou jovem. Pode, assim, um professor dizer ao seu aluno “utiliza a ortografia que quiseres”? E qual vai ele seguir? A de 1945? Não me parece, porque deixou de ser ensinada e aprendida. Não se parta do princípio de que os alunos a conhecem bem, porque não é verdade, ou então a expressão “erro ortográfico” já tinha sido suprimida do vocabulário das escolas (muito antes de setembro de 2011). A de 1991? E poderão os professores continuar a investir no seu ensino?

O convite à escolha de uma ortografia é, no fundo, um convite ao erro, ao desleixo, à dúvida… ou seja, à deriva da nossa língua escrita. Não se ensina, porque não se sabe o que ensinar, nem se aprende, porque não há objeto de ensino. Cada um navegará como quiser no caldeirão, embora movido pela força daqueles que mexem o caldo – daqueles que nunca se queimam, mesmo que o entornem.
Inês Silva

A razão do cheiro dos livros antigos

Todos conhecemos o cheiro de um livro mais antigo. Gostemos ou não, ele existe e há uma razão. Cientistas da Universidade de Londres explicam o que acontece nas páginas amareladas pelo tempo.


A livreira Abe Books fez um vídeo explicativo da investigação (vídeo em inglês):

Químicos da Universidade de Londres investigaram o odor dos livros antigos e concluíram que esse cheiro tem origem na reacção produzida entre a composição orgânica do livro e uma série de factores, como o calor, a luz, a humidade e, principalmente, os produtos químicos utilizados na sua produção.

Com o passar do tempo cada livro fica repleto de componentes orgânicos muito voláteis que circulam pelo ar e acabam por ficar impregnados nas páginas.

Estiveram em investigação as propriedades da madeira que fazem o papel e também a tinta do texto e das ilustrações. Sob o ponto de vista de um químico, a maior razão do apodrecimento dos livros é a sua acidez, que acelera o processo de deterioração e acentua o cheiro. É muito comum encontrar elevados níveis de acidez em livros impressos nos séculos XIX e XX, pelo que se explica o cheiro associado aos livros mais antigos.

Os peritos afirmam que os livros podem absorver cheiros fortes, presentes no ambiente, como, por exemplo, o cheiro a tabaco. Acrescentam que a melhor forma de preservar os livros é guardá-los num local fresco, num ambiente seco e longe da luz direta do sol.
Fonte: DN